quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Bullying: O vilão nas Escolas

Alerta: Bullying - O grande vilão nas escolas...
Vanessa Seibitz [VanessaSeibitz]
11/6/07

Alerta: Bullying - O grande vilão nas escolas... A relação entre os alunos merecem uma grande atenção. Muitas vezes ao entrar em uma sala de aula, você vê os alunos eufóricos, todos falando ao mesmo tempo, se o seu ouvido for bem apurado, deve ter presenciado várias maneiras de ridicularizar os colegas, coisas como: “lá vem o gordo (a), olha lá o garoto espinha, la vem a patricinha, etc”.Ou então, um dar tapas no outro, atirar objetos. Se você nunca observou isso na sua sala de aula não se culpe, assim como muitos, pensam que a “juventude é assim mesmo” e que isso é cultural, normal.

Não é normal, embora comum. Estamos falando do maior vilão escolar: o Bullyin. Ainda é controverso o motivo do nome. Ele ocorre quando quando crianças e adolescentes recebem apelidos que os ridicularizam e sofrem humilhações, ameaças, intimidação, roubo e agressão moral e física por parte dos colegas. Entre as conseqüências estão o isolamento e a queda do rendimento escolar. Em alguns casos extremos, o bullying pode afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
Qual a importância de vocês saberem disso?
Uma Pesquisa realizada em 11 escolas cariocas pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), no Rio de Janeiro, revelou que 60,2% dos casos acontecem em sala de aula. Daí a importância da sua intervenção. Mudar a cultura perversa da humilhação e da perseguição na escola está ao seu alcance. Para isso, é preciso identificar o bullying e saber como lidar com o problema.

Sabem aquelas reportagens que vêm marcando presença nos telejornais, da violência escolar? Como o caso de dois adolescentes norte-americanos na escola de Ensino Médio Columbine, no Colorado (EUA), em abril de 1999. Após matar 13 pessoas e deixar dezenas de feridos, eles cometeram suicídio quando se viram cercados pela polícia. Os jovens americanos eram ridicularizados pelos colegas.O pediatra Aramis Lopes Neto acreditava que o objetivo deles era matar a escola em que viveram momentos de profunda infelicidade e onde todos foram omissos ao seu sofrimento.
Como terapeuta cognitiva, acredito que este comportamento de apelidar os colegas passa a ser uma estratégia compensatória para que se sintam mais adequados, “enturmados”. O grande perigo aí, é que muitos imitam o comportamento do “mandão” para não serem ridicularizados também, adotando isto como uma estratégia de defesa.
Agora que você já sabe sobre o grande vilão escolar aí vão as dicas para os educadores:
- orienta-los a serem receptivos e a integrarem quem acaba de chegar explicando que ali não se tolera o bullying. Isso evita o isolamento e o pré-julgamento do novato, que aprende a procurar ajuda.
- organizar peças de teatro ou passar o filme Bang Bang!, que abordem este tema.
-dinâmica de grupos com os alunos, para falarem do assunto.
- incentiva-las a procurarem o diretor ou pedagogo escolar para falarem sobre o problema, muitos alunos atribuem isto a punição, seria até uma forma de mudar essa crença.
- cada professor usar a sua área para tratar do assunto, por exemplo solicitarem aos alunos uma pesquisa e redação sobre o tema, montagem de cartazes de protesto conta o bullying.
- Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. Interrompe-se a aula para colocar o assunto em discussão e relembrar os combinados.
Um trabalho multidisciplinar pode nos ser útil, além de poder lidar com o bullying na escola, você também deve alertar a família e encaminhar a vitima ou o agressor ao terapeuta cognitivo, que pode trabalhar essa crença distorcida de “eu devo agredir para não ser inadequado e aceito”, e poder tratar a vitima que se sente inadequada, fracassada e frustrada.
Se conseguirmos um bom trabalho, teremos alunos saudáveis e com melhor rendimento escolar.
Um grande abraço e sorte a todos no combate do bullying.

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