segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Resenha...

Bullyng, que bicho é esse?


Esta resenha diz respeito a uma discussão sobre violência nas escolas, mais especificamente sobre o fenômeno bullyng. O campo de observação foram os alunos do 5° ao 9° ano do turno vespertino, da Escola La Salle – Brasília. Para fundamentar esse trabalho, o grupo recorreu principalmente a três importantes autores que, com autoridade, tem contribuído, na elaboração de ações preventivas e interventivas sobre a identificação e possíveis resoluções do problema: Fante (2005), Ortega Ruiz (1998) e Gianei (2003). Recorreu-se ainda, através de entrevista, à psicopedagoga, Renata Portilho, professora na escola supracitada.

A violência protagonizada pela comunidade escolar é uma realidade atual. Esse fato desafia a própria escola junto com o corpo docente e a comunidade local, a se organizar e insurgir-se ativamente contra este fenômeno, para que possa mudar a realidade do individuo, através de conteúdos programáticos e acercar-se mais dos alunos, tornando-os mais sociáveis e menos isolados. Verifica-se que hoje muitos dos adolescentes e jovens são constantemente atingidos por um tipo de violência muito comum no ambiente escolar, o fenômeno Bullying. Para o seu enfrentamento, torna-se necessário mais que sua identificação no ambiente escolar. É fundamental que se elabore ações preventivas e interventivas sobre a identificação do problema.

Segundo Fante,


“O termo Bullying é utilizado na literatura psicológica anglo-saxônica para designar um conjunto de comportamentos agressivos, repetitivos e intencionais, adotado por um ou mais indivíduos contra outras pessoas. Não existe uma motivação evidente para esse comportamento, que causa dor, angústia e sofrimento às vítimas.” (Fante, 2003, p. 27)

Quando se aborda a violência contra crianças e adolescentes e a vinculamos aos ambientes onde ela ocorre, a escola surge como um espaço ainda pouco explorado, principalmente com relação ao comportamento agressivo existente entre os próprios estudantes. A violência nas escolas é um problema social grave e complexo e, provavelmente, o tipo mais freqüente e visível da violência juvenil.O termo "Bullying" diz respeito a todos os comportamentos agressivos e anti-sociais, incluindo os conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos, etc. Muitas dessas situações dependem de fatores externos, cujas intervenções podem estar além da competência e capacidade das entidades de ensino e de seus funcionários. Porém, a solução possível pode ser obtida no próprio ambiente escolar. A esse respeito, afirma Renata:


“ (...) conversamos individualmente, depois a conversa passa a ser em grupo para que haja confronto não dando espaço para mentiras. Quando isto não é suficiente, convoca-se os pais e conscientiza-os do problema, mostrando os prejuízos emocionais e psicológicos que a vítima e agressor passam, indicando um profissional da psicologia para ajudá-lo”. (...........)


Os comportamentos violentos, que causam tanta preocupação e temor, resultam da interação entre o desenvolvimento individual e os contextos sociais, como a família, a escola e a comunidade. Infelizmente, o modelo do mundo exterior é reproduzido nas escolas, fazendo com que essas instituições deixem de ser ambientes seguros, modulados pela disciplina, amizade e cooperação, e se transformem em espaço onde há violência, sofrimento e medo.


O que faz com que um aluno exerça Bullying? Muitas vezes a raiz do problema não se centra na educação. O jovem apresenta problemas que deveriam ser direcionados para a saúde mental infantil e adolescente, para a proteção social ou até judicialmente. O cerne da questão é que muitas escolas, ao contrário do que teoricamente afirma Renata, tentam resolver os problemas para os quais não estão preparadas e que não são da sua competência. Na verdade, todos os alunos são potencialmente violentos, sendo a escola sentida como uma imposição por parte da família ou do Estado. Os alunos estão contrafeitos, as aulas são para eles locais de constrangimento e de repressão de desejos. Alguns alunos conformam-se e conseguem permanecer na escola sem fazerem grandes distúrbios. Outros se revoltam, colocando em causa as normas estabelecidas, a autoridade, e insurgem-se contra os professores e colegas como ato de poder e robustez física.


Numa visão geral, a violência, é um fenômeno complexo e múltiplo. Há violência que são ocasionais outras que são permanentes, e elas dependem, como já dissemos, tanto das condições internas quanto externas da escola.Para Ortega Ruiz, (1998), violência na escola tem sido um assunto obscuro, não só pela sua difícil compreensão, como pelo fato de muitas das facetas da violência que ocorre na escola não serem bem conhecidas dos professores. A maior parte dela se passa na relação interpessoal aluno-aluno . É, contudo, um pequeno grupo de entre eles que é “responsável” pela violência que se observa em cada escola. Apesar disso, muitas crianças e adolescentes vêem-se confrontados frequentemente no seu cotidiano escolar com situações de agressividade, com as quais não sabem lidar e que, por vezes, afetam decisivamente o seu percurso escolar, o seu bem-estar e o seu processo de desenvolvimento pessoal e social.
Há que se ressaltar ainda que os problemas relacionados à violência na realidade escolar elevam-se continuamente e se apresentam com diversas roupagens. Manifestações violentas, muitas vezes, transformam escolas em grandes fortalezas, na tentativa de manter atrás de seus muros os agentes externos. De maneira semelhante, regras rígidas e disciplinadoras são utilizadas para controlar as ações internas escolares.


Gianei (2003) complementa que a violência por parte da escola evidencia-se nas práticas disciplinares que visam à padronização, à neutralidade das diferenças individuais, conduzindo à submissão e à adaptação. Confirma-se assim que a escola, como parte da sociedade, recebe a violência vinda de fora, mas também a gera nas relações que ali se estabelecem.
Durante o processo de leitura, entrevista, visita e síntese, percebemos que, em geral, os alunos vitimados não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou cessar o bullying. Geralmente, é pouco sociável, inseguro e desesperançado quanto à possibilidade de adequação ao grupo. Sua baixa auto-estima é agravada por críticas dos adultos sobre a sua vida ou comportamento, dificultando a possibilidade de ajuda. Tem poucos amigos, é passivo, retraído, infeliz e sofre com a vergonha, medo, depressão e ansiedade. Em alguns casos, notamos que sua auto-estima pode estar tão comprometida que acredita ser merecedor dos maus-tratos sofridos. Percebemos ainda que o tempo e a regularidade das agressões contribuem fortemente para o agravamento dos efeitos. Outros criam resistência ao ambiente escolar, prevenindo-se contra novas e possíveis agressões.


Algumas condições familiares adversas parecem favorecer o desenvolvimento da agressividade nas crianças. Pode-se identificar a desestruturação familiar, o relacionamento afetivo pobre, o excesso de tolerância ou de permissividade e a prática de maus-tratos físicos ou explosões emocionais como forma de afirmação de poder dos pais.
Fatores individuais também influem na adoção de comportamentos agressivos: hiperatividade, impulsividade, distúrbios comportamentais, dificuldades de atenção, baixa inteligência e desempenho escolar deficiente. Quanto ao autor de bullying é tipicamente popular; tende a envolver-se em uma variedade de comportamentos anti-sociais; pode mostrar-se agressivo inclusive com os adultos; é impulsivo; vê sua agressividade como qualidade; tem opiniões positivas sobre si
mesmo; é geralmente mais forte que seu alvo; sente prazer e satisfação em dominar, controlar e causar danos e sofrimentos a outros. Além disso, pode existir um "componente benefício" em sua conduta, como ganhos sociais e materiais. São menos satisfeitos com a escola e a família, mais propensos à evasão escolar e têm uma tendência maior para apresentarem comportamentos de risco (consumir tabaco, álcool ou outras drogas, portar armas, brigar, etc).
A maioria dos alunos não se envolve diretamente em atos de bullying e geralmente se cala por medo de ser a "próxima vítima", por não saberem como agir e por descrerem nas atitudes da escola. Esse clima de silêncio pode ser interpretado pelos autores como afirmação de seu poder, o que ajuda a acobertar a prevalência desses atos, transmitindo uma falsa tranqüilidade aos adultos.


Prejuízos financeiros e sociais causados pelo bullying atingem também as famílias, as escolas e a sociedade em geral. As crianças e adolescentes que sofrem e/ou praticam bullying podem vir a necessitar de múltiplos serviços, como saúde mental, justiça da infância e adolescência, educação especial e programas sociais.
O comportamento dos pais dos alunos alvo pode variar da descrença ou indiferença a reações de ira ou inconformismo contra si mesmos e a escola. O sentimento de culpa e incapacidade para debelar o bullying contra seus filhos passa a ser a preocupação principal em suas vidas, surgindo sintomas depressivos e influenciando seu desempenho no trabalho e nas relações pessoais. A negação ou indiferença da direção e professores pode gerar desestímulo e a sensação de que não há preocupação pela segurança dos alunos.
Por fim, o envolvimento de professores, funcionários, pais e alunos é fundamental para a implementação de projetos de redução do bullying. A participação de todos os envolvidos no processo visa estabelecer normas, diretrizes e ações coerentes. As ações devem priorizar a conscientização geral; o apoio às vítimas de bullying, fazendo com que se sintam protegidas; a conscientização dos agressores sobre a incorreção de seus atos e a garantia de um ambiente escolar sadio e seguro.


Bibliografia:
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas para a paz. São Paulo: Verus, 2005.
GIANEI, Cristina Possato. A Violência Escolar: um olhar dos diretores. 1ª Conferência do Observatório de Violência nas Escolas. Brasília: 2003. Disponível em CD.
ORTEGA, Ruiz, R. (1998). “Intervención educativa. El Proyeto Sevilla Anti–Violencia Escolar”. Cuadernos de Pedagogia, Nº 270, Junio,
PORTILHO, Renata, entrevista concedida a Renilza Caldas e Raquel Picorone, Et. al. Brasília. 17 de Novembro de 2009.


História em Quadrinhos

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Charge : Bullying

Essa prática, cada vez mais frequente, pode causar sérios danos emocionais em uma criança!
A rejeição, que leva à tristeza, que gera o isolamento, se não tomada as medidas necessárias, pode mudar para sempre a vida desta criança.


Vídeo: Bullying

Vídeo: Bullying

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Entrevista: Bullying no ambiente escolar na Escola La Salle de Aguas Claras

Entrevista com a Coordenadora Pedagógica e Psicopedagoga do 2º ao 5º ano do ensino fundamental da Escola La Salle de Aguas Claras,
Renata Loeffler R. Portilho.

O que significa Bullying?

Renata
Violência física ou psicológica, atos de humilhaçao, zombaria, deboche, implicancia com determinadas caracteristicas de uma pessoa, comportamento agressivo, repetitivos e intencionais.

Existe uma faixa etária em que esses casos são mais comuns?
Não, acontece em todas as faixas etárias, do infantil ao ensino médio, a diferença é que do 5º ao 9° ano eles se defendem melhor...

Como identificar uma criança que está sendo vítima do Bullying?
Ela se isola, não se expõe nos momentos das brincadeiras coletivas, fica mais próxima da professora e nao sai nos intervalos preferindo ficar sozinho. Outra caracteristica é ela se tornar o agressor, para se defender ele começa a agredir.

Quando uma criança passa a ser o agressor?
O Bullying também acontece no ambiente familiar e isso forma a percepçao da criança e ele passa a se enxergar na ótica da crítica feita, a partir disso ele passa a observar as dificuldades que cada um possui e usa essas diferenças para agredir.

Como o educador da escola La Salle atua quando identifica esse tipo de comportamento?
Chamando os envolvidos e conversando individualmente, depois a conversa passa a ser em grupo para que haja confronto não dando espaço para mentiras. Quando isto nao é suficiente convoca-se os pais e conscientiza-os do problema, mostrando os prejuízos emocionais e psicologicos que a vítima e agressor passam, indicando um profissional da psicologia para ajuda-lo.

Quais os efeitos causados no aluno na questão pedagógica?
O rendimento escolar do aluno cai passando a apresentar dificuldades em conteúdos antes dominados, fica muito introspectivo, tímido, nao participando mais das atividades.

Os professores são orientados e educados para lidar com este problema participando de palestras com orientadores capacitados como Cleo Fante

Entrevista realizada no dia 12/11/2009 na Escola La Salle de Aguas Claras
Por: Raquel Picorone, Renilza Reis e Celio Amaro

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Entrevista : Cleo Fante para colegio CIMAN

Em entrevista para o Caderno CIMAN, Cleo Fante traça um perfil comportamental dos personagens envolvidos no Fenômeno Bullying.

Caderno CIMAN O que significa o termo Bullying?
Cleo Fante
O termo Bullying é utilizado na literatura
psicológica anglo-saxônica para designar um conjunto
de comportamentos agressivos, repetitivos e
intencionais, adotado por um ou mais indivíduos
contra outras pessoas. Não existe uma motivação
evidente para esse comportamento, que causa dor,
angústia e sofrimento às vítimas.

Como distinguir uma brincadeira inofensiva de
outra que possa provocar traumas, considerando as
reações adversas das pessoas?
Cleo Fante
As brincadeiras são feitas de maneira natural entre os
alunos. Porém, quando elas ganham um toque de
maldade e extrapolam os limites suportáveis
que variam de acordo com a história intrapsíquica
de cada indivíduo __ a vítima tende ao
retraimento, ao rebaixamento da auto-estima, ao
isolamento e à desmotivação para os estudos.

Quem é o alvo predileto do agressor? Existe
uma faixa etária em que esses casos sejam
mais comuns?
Cleo Fante
Geralmente o alvo são aqueles com diferenças no
aspecto físico, psicológico ou intelectual; os
tímidos, retraídos, passivos, submissos, ansiosos,
temerosos, com dificuldades de defesa, de
expressão e de relacionamento. Ou quem é
gordo, baixo, magro, alto demais ou tem nariz e
orelhas grandes, tipo e cor de cabelos diferentes. O
comportamento Bullying pode ser identificado em
qualquer faixa etária e nível de escolaridade. Entre
crianças de 3 e 4 anos, já podemos perceber o
comportamento abusivo, manipulador, dominador
de uns e, por outro lado, passivo, submisso, indefeso
de outros. Porém, a maior incidência está entre os
alunos de 4ª a 8ª séries, período em que os papéis se
definem com maior clareza.

Quais são os efeitos do Bullying sobre o aluno
Cleo Fante
O aluno se isola dos demais e se sente impotente
ante os ataques, o que compromete a auto-estima e a
autoconfiança. Como conseqüência, tende a
apresentar tensão, irritação e agressividade e a fazer
uso de substâncias químicas. Apresenta sintomas
psicossomáticos diversificados, principalmente na
hora de ir para a escola __ como dor de cabeça e de
estômago, tontura, vômito, diarréia, sudorese,
taquicardia.

As crianças têm consciência de que estão sendo
agressivas?
Cleo Fante
Muitas crianças agem inconscientemente,
reproduzindo contra os outros os maus-tratos
sofridos em decorrência do modelo educativo
predominante na primeira infância. Por outro lado,
elas não têm maturidade para avaliar todas as
conseqüências dos seus atos e podem agir com
requintes de crueldade. O que considero relevante é
o fato de que a maioria dos alunos, os chamados
espectadores __ aqueles que não sofrem nem
praticam Bullying __ não faz nada para defender os
colegas que são vítimas. Muitos dão risada,
incentivam e valorizam os agressores, aumentando
ainda mais sua popularidade.

O que leva uma pessoa a ter atitudes Bullying?
Cleo Fante
As causas são inúmeras: carência afetiva, ausência
de limites, exposição repetitiva a cenas de violência,
modelo de afirmação dos pais sobre os filhos por
m a u s - t r a t o s e e x p l o s õ e s e m o c i o n a i s ,
permissividade, ausência de modelos educativos
baseados em valores humanistas capazes de
orientar a vida para uma convivência de paz,
solidariedade, respeito, tolerância, amizade e
cooperação.

Como identificar uma criança ou adolescente que
está sendo vítima de um agressor Bullying?
CleoFante
Os primeiros sinais são o isolamento ou a exclusão do
grupo; a queda da auto-estima e do rendimento
escolar; o desinteresse pela escola e pelas aulas.
Quando os ataques não são abertos, ou seja, se
utilizam da linguagem corporal, expressões faciais,
gestos, risadas ou olhares, é ainda mais difícil a
identificação. Geralmente, a vítima se cala com medo
de represálias ou vergonha de expor seus
sentimentos. Muitas crianças preferem apanhar todos
os dias a tocar no assunto e admitir que precisam de
ajuda.

Como o educador pode atuar quando identifica
esse tipo de comportamento?
Cleo Fante
Em primeiro lugar, certificando-se de que o caso
obedece aos critérios estabelecidos para a
identificação de Bullying. Há uma tendência a
generalizar ou banalizar o tema, atribuindo ao Bullying
qualquer atitude negativa. Em caso afirmativo, ele
deve verificar as conseqüências para a vítima. O ideal é
que se converse individualmente, ouvindo cada uma
das partes envolvidas, para buscar soluções.

Como envolver a família nesse processo?
Cleo Fante
A família deve ser preparada para observar o
comportamento da criança e manifestar qualquer
sinal de alteração. A troca de informações entre família
e escola é indispensável para a identificação e a
interrupção desse comportamento. Devemos oferecer
à criança um ambiente saudável, para que ela fale de
suas experiências dentro e fora da escola, seus
relacionamentos, sentimentos e emoções, sem
críticas, comparações e estímulos ao revide.

A Síndrome da humilhação

Palavra que entrou no cotidiano desde a última década, o Bullying é na verdade uma forma de aplicação de atos de humilhação, sendo utilizados para isso atos físicos ou psicológicos. As marcas deixadas pelas agressões físicas são conhecidas por todos. Podem deixar desde um simples arranhão, até seqüelas permanentes. Já o lado psicológico da humilhação, apesar de estudado durante décadas, ainda não teve um parecer conclusivo.
Entre outras emoções e sintomas podem ser considerados conseqüências de humilhações sofridas ao longo da vida a baixa auto-estima, angústia, tristeza, depressão, irritabilidade, instabilidade emocional, pânico e raiva.
A humilhação está estreitamente vinculada ao sentimento de inferioridade existente em todo ser humano. Se um indivíduo se sente humilhado é porque alguém, através de algum ato o fez sentir-se inferior
.
Este sentimento de inferioridade é parte integrante dos conteúdos inconscientes de nossa formação. O herdamos arquetipicamente e é, geralmente, renovado através de nossa socialização, e das experiências no decorrer da vida.
Para muitas pessoas é necessário colocar o outro na situação inferior, em desvantagem, para que eles mesmos possam se sentir grandes, importantes.
Quando lançamos mão deste terrível instrumento estamos falando da humilhação, ou como alguns preferem chamar, Bullying.
O objetivo da humilhação tem como principal característica a destruição moral daquele que a sofre. Se existe uma situação onde a dor emocional do homem é percebida com facilidade é através da humilhação, pois nela o indivíduo se vê exposto e a vergonha toma conta de seu ser.
Todos nós possuímos um lado da personalidade sobre o qual não nos atrevemos a falar ou expor. É onde encontramos aquelas qualidades que julgamos negativas, indesejadas. Esforçamo-nos muito, ao longo da vida, para escondê-las, mas na humilhação serão justamente aspectos deste lado sombrio que ficará evidenciado.
Quando a humilhação é constante a pessoa que a sofre perde a identidade porque ela mesma e os demais a reconhecerão somente através daquela característica negativa que está sendo focada, como se a pessoa fosse somente aquele lado negativo. A parte se incumbirá de determinar o todo.
O respeito e amor próprio ficam totalmente prejudicados e a própria pessoa se colocará em posição de humildade, carregando um forte sentimento de culpa, por possuir aquela qualidade julgada negativa.
Na maioria das relações humanas defrontamo-nos, diariamente, com a humilhação nas formas mais sutis, porém, nem por isso, ela é menos perversa, incluindo-se aquelas onde é entendida como método apropriado de educação.
A humilhação sofrida na infância, como forma de educar é uma das piores formas de traição que o ser humano pode sofrer. A criança não tem capacidade de reflexão e análise para entender que o adulto que a humilha está tentando exorcizar seu próprio sentimento de inferioridade, e, que ela não é somente aquele lado ruim. Levará anos para que uma criança que teve como método educativo a humilhação consiga se refazer do estrago causado em sua personalidade.
Encontramos também, a humilhação como forma de repressão e condicionamento em diversas instituições como nas prisões, exércitos, escolas, empresas, e nos mais diversos grupos sociais.
Há pessoas que fazem do ato de humilhar um hábito, pois é através desta condição que conseguem diminuir a angústia causada pelo próprio sentimento de inferioridade. Quando não conseguimos ver o inimigo dentro de nós o projetamos fora e guerreamos com ele.
A projeção é uma qualidade inerente no ser humano e acontece diariamente durante toda a vida e aparece em nossos relacionamentos com o mundo externo. É o processo pelo qual uma qualidade inconsciente da pessoa é percebida em outra pessoa ou objeto externo. Por ser inconsciente esta qualidade, e podendo ser negativa ou positiva, ela é projetada sem qualquer controle do nosso ego, não escolhendo o que nem onde iremos projetar aquele conteúdo.
Durante este processo vemos aquela determinada característica que nos pertence, mas que não a vemos em nós, como uma qualidade específica daquela outra pessoa e logo procuramos apontá-la porque nos incomoda imediatamente.
Este mecanismo, de projeção, não é diferente no caso de humilhação. Aquele que humilha o outro, apontando nele alguma inferioridade ou característica mais fraca, fazendo com que aqueles “defeitos” fiquem em evidência, nada mais faz do que apontar no outro seu próprio lado indesejado e sombrio. É através da projeção que se tem início a produção dos efeitos devastadores da humilhação
.
O BULLYING E AS SUAS CONSEQÜÊNCIAS PSICOLÓGICAS
Na atualidade, um dos temas que vem despertando cada vez mais, o interesse de profissionais das áreas de educação e saúde, em todo o mundo, é sem dúvida, o do bullying escolar. Termo encontrado na literatura psicológica anglo-saxônica, que conceitua os comportamentos agressivos e anti-sociais, em estudos sobre o problema da violência escolar.
Sem termo equivalente na língua portuguesa, define-se universalmente como “um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento”. Insultos, intimidações, apelidos cruéis e constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, psíquicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying.
O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não se deixa confundir com outras formas de violência. Isso se justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas, talvez a mais grave, seja a propriedade de causar “traumas” ao psiquismo de suas vítimas e envolvidos. Possui ainda a propriedade de ser reconhecido em vários outros contextos, além do escolar: nas famílias, nas forças armadas, nos locais de trabalho (denominado de assédio moral), nos asilos de idosos, nas prisões, nos condomínios residenciais, enfim onde existem relações interpessoais.
Estudiosos do comportamento bullying entre escolares identificam e classificam assim os tipos de papéis sociais desempenhados pelos seus protagonistas: “vítima típica”, como aquele que serve de bode expiatório para um grupo; “vítima provocadora”, como aquele que provoca determinadas reações contra as quais não possui habilidades para lidar; “vítima agressora”, como aquele que reproduz os maus-tratos sofridos; “agressor”, aquele que vitimiza os mais fracos; “espectador”, aquele que presencia os maus-tratos, porém não o sofre diretamente e nem o pratica, mas que se expõe e reage inconscientemente a sua estimulação psicossocial.
Trata-se de um problema mundial, encontrado em todas as escolas, que vem se disseminado largamente nos últimos anos e que só recentemente vem sendo estudado em nosso país. Em todo o mundo, as taxas de prevalência de bullying, revelam que entre 5% a 35% dos alunos estão envolvidos no fenômeno. No Brasil, através de pesquisas que realizamos, inicialmente no interior do estado de São Paulo, em estabelecimentos de ensino públicos e privados, com um universo de 1.761 alunos, comprovamos que 49% dos alunos estavam envolvidos no fenômeno. Desses, 22% figuravam como “vítimas”; 15% como “agressores” e 12% como “vítimas-agressoras”.
Segundo especialistas, as causas desse tipo de comportamento abusivo são inúmeras e variadas. Deve-se à carência afetiva, à ausência de limites e ao modo de afirmação de poder e de autoridade dos pais sobre os filhos, por meio de “práticas educativas” que incluem maus-tratos físicos e explosões emocionais violentas. Em nossos estudos constatamos que 80% daqueles classificados como “agressores”, atribuíram como causa principal do seu comportamento, a necessidade de reproduzir contra outros os maus-tratos sofridos em casa ou na escola. Em decorrência desse dado extremamente relevante, nos motivamos em pesquisas e estudos, que nos possibilitou identificar a existência de uma doença psicossocial expansiva, desencadeadora de um conjunto de sinais e sintomas, a qual denominamos SMAR - Síndrome de Maus-tratos Repetitivos.
O portador dessa síndrome possui necessidade de dominar, de subjugar e de impor sua autoridade sobre outrem, mediante coação; necessidade de aceitação e de pertencimento a um grupo; de auto-afirmação, de chamar a atenção para si. Possui ainda, a inabilidade de expressar seus sentimentos mais íntimos, de se colocar no lugar do outro e de perceber suas dores e sentimentos.
Esta Síndrome apresenta rica sintomatologia: irritabilidade, agressividade, impulsividade, intolerância, tensão, explosões emocionais, raiva reprimida, depressão, stress, sintomas psicossomáticos, alteração do humor, pensamentos suicidas. É oriunda do modelo educativo predominante introjetado pela criança na primeira infância. Sendo repetidamente exposta a estímulos agressivos, aversivos ao seu psiquismo, a criança os introjeta inconscientemente ao seu repertório comportamental e transforma-se posteriormente em uma dinâmica psíquica “mandante” de suas ações e reações. Dessa forma, se tornará predisposta a reproduzir a agressividade sofrida ou a reprimi-la, comprometendo, assim, seu processo de desenvolvimento social.
As conseqüências para as “vítimas” desse fenômeno são graves e abrangentes, promovendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absentismo e a evasão escolar. No âmbito da saúde física e emocional, a baixa na resistência imunológica e na auto-estima, o stress, os sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio.
Para os “agressores”, ocorre o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, a supervalorização da violência como forma de obtenção de poder, o desenvolvimento de habilidades para futuras condutas delituosas, além da projeção de condutas violentas na vida adulta. Para os “espectadores”, que é a maioria dos alunos, estes podem sentir insegurança, ansiedade, medo e estresse, comprometendo o seu processo socioeducacional.
Dependendo do grau de sofrimento vivido pela criança, ela poderá sentir-se ancorada a construções inconscientes de pensamentos de vingança e de suicídio, ou manifestar determinados tipos de comportamentos agressivos ou violentos, prejudiciais a si mesma e à sociedade, isto se não houver intervenção diagnóstica, preventiva e psicoterápica, além de esforços interdisciplinares conjugados, por toda a comunidade escolar.
Esta forma de violência é de difícil identificação por parte dos familiares e da escola, uma vez que a “vítima” teme denunciar os seus agressores, por medo de sofrer represálias e por vergonha de admitir que está apanhando ou passando por situações humilhantes na escola ou, ainda, por acreditar que não lhe darão o devido crédito. Sua denúncia ecoaria como uma confissão de fraqueza ou impotência de defesa.
Os “agressores” se valem da “lei do silêncio” e do terror que impõem às suas “vítimas”, bem como do receio dos “espectadores”, que temem se transformarem na “próxima vítima”.
Se você souber que alguém sofre este tipo de violência,
DENUNCIE!!!

Bullying: O vilão nas Escolas

Alerta: Bullying - O grande vilão nas escolas...
Vanessa Seibitz [VanessaSeibitz]
11/6/07

Alerta: Bullying - O grande vilão nas escolas... A relação entre os alunos merecem uma grande atenção. Muitas vezes ao entrar em uma sala de aula, você vê os alunos eufóricos, todos falando ao mesmo tempo, se o seu ouvido for bem apurado, deve ter presenciado várias maneiras de ridicularizar os colegas, coisas como: “lá vem o gordo (a), olha lá o garoto espinha, la vem a patricinha, etc”.Ou então, um dar tapas no outro, atirar objetos. Se você nunca observou isso na sua sala de aula não se culpe, assim como muitos, pensam que a “juventude é assim mesmo” e que isso é cultural, normal.

Não é normal, embora comum. Estamos falando do maior vilão escolar: o Bullyin. Ainda é controverso o motivo do nome. Ele ocorre quando quando crianças e adolescentes recebem apelidos que os ridicularizam e sofrem humilhações, ameaças, intimidação, roubo e agressão moral e física por parte dos colegas. Entre as conseqüências estão o isolamento e a queda do rendimento escolar. Em alguns casos extremos, o bullying pode afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
Qual a importância de vocês saberem disso?
Uma Pesquisa realizada em 11 escolas cariocas pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), no Rio de Janeiro, revelou que 60,2% dos casos acontecem em sala de aula. Daí a importância da sua intervenção. Mudar a cultura perversa da humilhação e da perseguição na escola está ao seu alcance. Para isso, é preciso identificar o bullying e saber como lidar com o problema.

Sabem aquelas reportagens que vêm marcando presença nos telejornais, da violência escolar? Como o caso de dois adolescentes norte-americanos na escola de Ensino Médio Columbine, no Colorado (EUA), em abril de 1999. Após matar 13 pessoas e deixar dezenas de feridos, eles cometeram suicídio quando se viram cercados pela polícia. Os jovens americanos eram ridicularizados pelos colegas.O pediatra Aramis Lopes Neto acreditava que o objetivo deles era matar a escola em que viveram momentos de profunda infelicidade e onde todos foram omissos ao seu sofrimento.
Como terapeuta cognitiva, acredito que este comportamento de apelidar os colegas passa a ser uma estratégia compensatória para que se sintam mais adequados, “enturmados”. O grande perigo aí, é que muitos imitam o comportamento do “mandão” para não serem ridicularizados também, adotando isto como uma estratégia de defesa.
Agora que você já sabe sobre o grande vilão escolar aí vão as dicas para os educadores:
- orienta-los a serem receptivos e a integrarem quem acaba de chegar explicando que ali não se tolera o bullying. Isso evita o isolamento e o pré-julgamento do novato, que aprende a procurar ajuda.
- organizar peças de teatro ou passar o filme Bang Bang!, que abordem este tema.
-dinâmica de grupos com os alunos, para falarem do assunto.
- incentiva-las a procurarem o diretor ou pedagogo escolar para falarem sobre o problema, muitos alunos atribuem isto a punição, seria até uma forma de mudar essa crença.
- cada professor usar a sua área para tratar do assunto, por exemplo solicitarem aos alunos uma pesquisa e redação sobre o tema, montagem de cartazes de protesto conta o bullying.
- Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. Interrompe-se a aula para colocar o assunto em discussão e relembrar os combinados.
Um trabalho multidisciplinar pode nos ser útil, além de poder lidar com o bullying na escola, você também deve alertar a família e encaminhar a vitima ou o agressor ao terapeuta cognitivo, que pode trabalhar essa crença distorcida de “eu devo agredir para não ser inadequado e aceito”, e poder tratar a vitima que se sente inadequada, fracassada e frustrada.
Se conseguirmos um bom trabalho, teremos alunos saudáveis e com melhor rendimento escolar.
Um grande abraço e sorte a todos no combate do bullying.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sumário:

1. Público Alvo
2. Introdução
3. O agente Bully
4. O mundo do agente Bully
5. Soluções
6. Conclusão
7. Bibliografia

Público alvo.

Estudantes, psicólogos, famílias, centros de educação (escolas e instituições) e empresas.
Introdução.
O termo conhecido por Bully ("Violência física e/ou psicológica") é praticado há anos, e é visto como uma atividade normal de idade, geralmente a faixa do pré-adolescente. No entanto, o Bully é uma das causas que formam indíviduos sedentos de violência extrema em um tempo próximo.
Trabalho neste artigo três pontos: O conflito do agente Bully (quem pratica), o paciente bully (quem é atingido) e o apoio (Familia, centros, psicologos e etc).
O Agente Bully.
Preâmbulo.
Citado por (Anti-Byllying Centre, Trinity College Dublin -
http://www.abc.tcd.ie/) em "Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta."
Esta frase quer dizer que o ato de Bully visto por parte da sociedade como um comportamento típico da idade, pode vir a ser um agente formador de caracter no futuro.

Características do agente Bully.

São caracterizados por observação ciêntífica, como sendo autoritários e dominadores (espaço e pessoas). E também por pesquisa pessoal, possuem um conflito interno demasiadamente grave, expondo em pacientes Bully o que o atormenta, e o mesmo tem dificuldade ou impossibilidade de expressar aos quem o cerca.
Em muitos casos, pode ser entendido que o processo de Bully é um processo ciclico, sendo uma vez o agente Bully no passado o paciente Bully. Seus atos e personalidade se moldam ao ambiente que o rodeia e meio aos seus próprios conflitos, cria uma outra personalidade chamada "Defensor e agressor" que ataca e se defende antes que qualquer pessoa diga ou faça algo.

  • Anti-sociais
  • Posição de arrogância
  • Egocêntricos
  • Instáveis

Solução do Agente Bully.
O Agente Bully tenta corrigir o problema que o cerca, refletindo sua personalidade sobre o paciente Bully e nele vê todos os seus limites e apreensões. Como não consegue resolver em si, tenta ver noutro.
Vendo como semelhante, o agente não ataca entidades que acha forte (não são comparáveis á ele), ataca fracos que se pode identifica-lo. E isso acarreta em violência física e psicológica que adentra salas, corredores, cubículos e famílias em todo o planeta.

  • O mundo do agente Bully.
    Não é diferente das demais pessoas. Possuindo formas e entidades, no entanto existe um balanceamento de valores. Neste mundo, as pessoas são sempre inimigas. O agente Bully é em todo tempo paciente Bully de suas próprias ações e receios.
    O seu comportamento é validado por sua crença, que as pessoas o veem como alvo e para ela se defender, ataca os primeiro. Em geral o agente Bully torna-se líder de gangues, é um agente opressor da liberdade coletiva - "se ele não pode, ninguém mais pode" - e esta filosofia o leva a agredir demais qualidades que ele acha distante de si.
    Tudo dentro do mundo ofendido do agente Bully tem uma razão. Limita-se as ações ofensivas, cada agente. Pode ser expressado por violência física, onde sente-se compilido a demonstrar - "esta doendo, não ve? ou por ofensas verbais como estivesse pedindo socorro - "Me ajuda (Seu &#%@)...".
    Existe uma reciclagem do mundo do agente Bully que vê o mundo externo (não físico, mas aceito por parte das pessoas) como um xingamento extremamente forte. Como poderia ele aceitar ações e presença de pessoas que tanto se assemelham com sua forma de ser e pensar, que ele considera fraco?
    O mundo se assemelha de um autista, particular e único. incompreensivo (logicamente) por todos. O que aumenta mais ainda a impaciência do agente.
  • Soluções.

Preâmbulo.
As soluções são iguais á uma criança que fora xingada. Entende-se como um agente bully uma pessoa extremamente ofendida com atos, que se transformam em tornados quando se encontram internamente. Não são somente Bully pessoas que atormentam os demais, é o bully quem seu auto-atormenta.
A solução deve partir "imediatamente" do apoio. O apoio entende-se como família, como centros de educação, psicólogos, profissionais de RH e etc. De nada adianta, classificar "Bullying" como uma ação normal da idade. Não é. É um distúrbio psicológico de extrema violência que o individuo passa a desenvolver após certas experiências. Parte dos pacientes Bully desenvolve característas do agente depois de um tempo.
Ao invés de disciplinar com uma suspensão, ou uma intimidação judicial. Converse com o agente Bully, e com o paciente Bully. Não adianta impor limites, este é o problema atual. Tanto o agente, com o paciente passam a ver a vida com muita limitação por não entenderam muitos aspectos.
O fator psicológico de tratar pessoas como iguais em psiquê, torna este tipo de comportamento, no minimo, impossível de ser identificado a tempo. As escolas não devem encarar Bully como comportamento "saudável da idade", pode a ser tornar comportamento "perigoso da comunidade".
Em centros de trabalho é comum um empregado torna-se alvo dos demais, geralmente nestes "demais" existe o agente que fica na espreita por sentir-se enojado com a própria situação, a que passou ou tem medo de passar, no entanto o incita. Brincadeiras de mau gosto, são um tipo de Bully.

  • Família.
    Não é um círculo de pessoas que geram descendentes somente. Muito frio a colocação? Mas a verdade é que família significa "Grupo de pessoas ligadas por ancestralidades e lações afetivos". Se a familia não apóia, a afetividade já não existe mais. Ancestralidade pode ser entendido como um passado em comum, algo que o torna parte de algo. E parte de algo pode ser, parte de um todo. Se o todo tiver uma falha, separa-se.
    Familia não é um grupo de pessoas á toa, mesmo que não ligado por geração sanguinea, pode se tornar uma família filosoficamente. É importante a ajuda assistencial, a mãe e o pai, irmãos, irmãs e tios. Quando há um abandono, a pessoa sente-se sozinha e passa a agir do seu modo.
    Nem sempre é fácil constituir família, pois os pais precisam ter preparação psicológica para lidar com suas próprias experiências e passa-las de forma não traumática a prole (filhos, descendentes). E parte do pressuposto que os demais tem de ser "maduros". Com certeza não existe curso de preparação para o papel. É uma improvisão loucamente impossível.
    Então o agente Bully torna-se estranho a sua própria família depois de um tempo. Qual é a solução? Não é bater, não é xingar, isolar ou ignorar. É conversar. Não é impor seus valores, é mostrar os valores. Incutir o individuo á um tratamento de choque é a mesma coisa que fazer o que o mundo do agente Bully consiste.
  • Centros de educação.
    Estes ignoram o fato do Bully. Quantas pessoas sofrem, e são tidas como: Alvo de brincadeiras? Brincadeiras são atividades que envolvem uma pessoa ou mais numa descontração onde todos são beneficiados como sensações. Portanto alvo de brincadeiras é a mesma coisa que Bully.
    Comportamento da idade é um fator arcaico a ser usado por instituições de ensino. Como poderiam ajudar? As escolas tem o dever de educar em padrões o individuo, não de alterar valores, mas de comunicar devidas alterações aos responsáveis. Tem-se que a escola é só um lugar (fisico) onde pessoas se encontram para trocarem idéias e parar por aí. Como se diz - "O problema não é meu". No entanto - "torna-se, senão agora depois". Não é dirigir o problema como se fosse o pai, é tomar medidas para que evite que toda sociedade torne-se vítima.
  • Comportamentos em escola.
    Grupos de garotos ou garotas intimidam fisicamente ou verbalmente individuos (na maioria, um) com situações ou mesmos fraquezas que acabam descobrindo por meio de inocentes conversas. Este caso evolui para situações mais criticas como violência na rua, ataque de ciumes (é um Bully interno), ataque por um material (caderno, estojo ou video game).
    Este grupos se assemelham com tribos animais. Um líder (pensa com instinto), o resto da prole (pensa baseado nas ordem do instinto do líder) atacam a pessoa (presa). O que resta no final deste descrição?
    Parecem animais, e surtam como um.
    Ataques pessoais, bilhetes desafiadores, pega (corrida de carro), briga (sala ou rua) tudo isso é uma valvula de escape, e em muitos casos, ela explode. E aí acontece, infelizmente, tragédias.
  • Departamento do RH.
    Os membros do RH são só vistos na entrevista de emprego. Mas recursos humanos significa "tratamento do elemento humano". Do que adianta empregar por qualificação e ignorar a psiquê? É bom uma instabilidade mental num local de trabalho que exige concentração? Ou mesmo em qualquer lugar de trabalho.
    RH é um especialidade que envolve observação e tratamento. Perde-se muito em testes de admissão. (Válido? Existem dicas para burlar estes testes. Não é valido). Ao longo do tempo a pessoa terá que se reavaliar, se houvesse sempre um agente de RH - "Como você está?" uma hora não dá para disfarçar.
    Mandar embora? Não. Se mandar a embora, e achar, não é problema meu. Caíremos na mesma situação da escola quando o problema, é aparentemente inicial. Torna-se problema. Um individuo infeliz consigo, torna-se um peso em sua própria vida como nas demais. Fica absorto e ataca o primeiro que lhe dirigir qualquer gesto (voz, gesto ou mesmo presença). Quando é mandado embora, pensa - "Nunca fui útil, então é assim que acho a humanidade, inútil". Pensa que é destrutivo, observe.
    Depois o mesmo individuo irá a todo custo atacar senão diretamente, indiretamente a sociedade que o exclui. O tempo é agora.
  • Como identificar antes do tempo?
    A pergunta fatídica é: "Tem algo o incomodando?" e sempre a resposta é "Não." Perguntar direto é fazer a pessoa reconhecer que tem um defeito, um agente nunca vai admitir. Então a resposta será: "Não". Ele o faz indiretamente, vê que é por atos de violência sobre outra pessoa? Então a pergunta esta errada.
    - A pessoa deve conversar, e não interrogar.
    - Deve achar motivos para falar com aquela pessoa frustada.
    - Deve entender o que ela passa, e não pensar no que ela passa.
    - Tratar como pessoa, e não como "tubo de ensaio".
    - Vê-la como um agente humano, e não como um "elemento".
    A incompreensão de suas vidas é tão larga, que qualquer ação indiferente á ela, torna-se ofensivo. Então a pessoa que quer ajudar, não deve expor o que o agente apresenta como problema.
    Ninguém cura dor de cotovelo falando que sua amada/amado foi embora. Cura saindo dessa.
  • Conclusão.
    Portanto, não adianta dizer que não sabe ou viu, que o problema é de partes A e B. Se existe algo a ser feito, deve ser corrigido sem mão de ferro e sim com a dedicação do diálogo e expressões que possa integrar o agente Bully ao que ele tanto almeja mas sente dor em tentar falar. Pois se sente oprimido por ás vezes, fantasmas do seu próprio medo.

Bulliyng no Ambiente Escolar

Bullying: quando a escola não é um paraíso!

Geane de Jesus Silva,psicopedagoga, professora de Psicologia da Educação e coordenadora pedagógica, Jitaúna, BA.Endereço eletrônico: enaeg@hotmail.com
Brigas, ofensas, disseminação de comentários maldosos, agressões físicas e psicológicas, repressão. A escola pode ser palco de todos esses comportamentos, transformando a vida escolar de muitos alunos em um verdadeiro inferno.Gislaine, aluna da 2ª série, de oito anos, estava faltando frequentemente à escola. Quando comparecia, chorava muito e não participava das aulas, alegando dores de cabeça e medo. Certo dia, alguns alunos procuraram a professora da turma dizendo que a garota estava sofrendo ameaças. Teria que dar suas roupas, sapatos e dinheiro para outra aluna, caso contrário apanharia e seria cortada com estilete. Carlos, da 5ª série, foi vítima de alguns colegas por muito tempo, porque não gostava de futebol. Era ridicularizado constantemente, sendo chamado de gay nas aulas de educação física. Isso o ofendia sobremaneira, levando-o a abrigar pensamentos suicidas, mas antes queria encontrar uma arma e matar muitos dentro da escola.
Os casos descritos acima são reais e revelam a agressão sofrida por crianças dentro da escola, colhidos e narrados por Cleo Fante como parte de uma pesquisa sobre a violência nas escolas, publicados em seu livro “Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz”. Esses e muitos outros casos de agressões e violências entre os alunos desde as séries iniciais até o ensino médio, demonstram uma realidade assustadora que muitos desconhecem, ou não percebem, trazendo à tona a discussão sobre o fenômeno bullying, o grande vilão de toda essa história. Mas o que é? Quais as causas? Como prevenir?Significado do termo A palavra bullying é derivada do verbo inglês bully que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Também adota aspecto de adjetivo, referindo-se a “valentão”, “tirano”. Como verbo ou como adjetivo, a terminologia bullying tem sido adotada em vários países como designação para explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, intencional e repetitivo inerente às relações interpessoais. As vítimas são os indivíduos considerados mais fracos e frágeis dessa relação, transformados em objeto de diversão e prazer por meio de “brincadeiras” maldosas e intimidadoras.Desconhecimento e indiferença Estudos indicam que as simples “brincadeirinhas de mau-gosto” de antigamente, hoje denominadas bullying, podem revelar-se em uma ação muito séria. Causam desde simples problemas de aprendizagem até sérios transtornos de comportamento responsáveis por índices de suicídios e homicídios entre estudantes. Mesmo sendo um fenômeno antigo, mantém ainda hoje um caráter oculto, pelo fato de as vítimas não terem coragem suficiente para uma possível denúncia. Isso contribui com o desconhecimento e a indiferença sobre o assunto por parte dos profissionais ligados à educação. Pode ser manifestado em qualquer lugar onde existam relações interpessoais.Conseqüências marcantes As conseqüências afetam a todos, mas a vítima, principalmente a típica (ver quadro), é a mais prejudicada, pois poderá sofrer os efeitos do seu sofrimento silencioso por boa parte de sua vida. Desenvolve ou reforça atitude de insegurança e dificuldade relacional, tornando-se uma pessoa apática, retraída, indefesa aos ataques externos. Muitas vezes, mesmo na vida adulta, é centro de gozações entre colegas de trabalho ou familiares. Apresenta um autoconceito de menos-valia e considera-se inútil, descartável. Pode desencadear um quadro de neuroses, como a fobia social e, em casos mais graves, psicoses que, a depender da intensidade dos maus-tratos sofridos, tendem à depressão, ao suicídio e ao homicídio seguido ou não de suicídio. Em relação ao agressor, reproduz em suas futuras relações, o modelo que sempre lhe trouxe “resultados”: o do mando-obediência pela força e agressão. É fechado à afetividade e tende à delinqüência e à criminalidade. Isso, de certa maneira, afeta toda a sociedade. Seja como agressor, como vítima, ou até espectador, tais ações marcam, deixam cicatrizes imperceptíveis em curto prazo. Dependendo do nível e intensidade da experiência, causam frustrações e comportamentos desajustados gerando, até mesmo, atitudes sociopatas.O papel da educação A educação do jovem no século XXI tem se tornado algo muito difícil, devido à ausência de modelos e de referenciais educacionais. Os pais de ontem, mostram-se perdidos na educação das crianças de hoje. Estão cada vez mais ocupados com o trabalho e pouco tempo dispõem para dedicarem-se à educação dos filhos. Esta, por sua vez, é delegada a outros, ou em caso de famílias de menor poder aquisitivo, os filhos são entregues à própria sorte. Os pais não conseguem educar seus filhos emocionalmente e, tampouco, sentem-se habilitados a resolverem conflitos por meio do diálogo e da negociação de regras. Optam muitas vezes pela arbitrariedade do não ou pela permissividade do sim, não oferecendo nenhum referencial de convivência pautado no diálogo, na compreensão, na tolerância, no limite e no afeto. A escola também tem se mostrado inabilitada a trabalhar com a afetividade. Os alunos mostram-se agressivos, reproduzindo muitas vezes a educação doméstica, seja por meio dos maus-tratos, do conformismo, da exclusão ou da falta de limites revelados em suas relações interpessoais. Os professores não conseguem detectar os problemas, e muitas vezes, também demonstram desgaste emocional com o resultado das várias situações próprias do seu dia sobrecarregado de trabalhos e dos conflitos em seu ambiente profissional. Muitas vezes, devido a isso, alguns professores contribuem com o agravamento do quadro, rotulando com apelidos pejorativos ou reagindo de forma agressiva ao comportamento indisciplinado de alguns alunos.O que a família pode fazer? Não há receita eficaz de como educar filhos, pois cada família é um mundo particular com características peculiares. Mas, apesar dessa constatação, não se pode cruzar os braços e deixar que as coisas aconteçam, sem que os educadores (primeiros responsáveis pela educação e orientação dos filhos e alunos) façam algo a respeito. A educação pela e para a afetividade já é um bom começo. O exercício do afeto entre os membros de uma família é prática primeira de toda educação estruturada, que tem no diálogo o sustentáculo da relação interpessoal. Além disso, a verdade e a confiabilidade são os demais elementos necessários nessa relação entre pais e filhos. Os pais precisam evitar atitudes de autoproteção em demasia, ou de descaso referente aos filhos. A atenção em dose certa é elementar no processo evolutivo e formativo do ser humano.O que a escola pode fazer? Em relação à escola, em primeiro lugar, deve conscientizar-se de que esse conflito relacional já é considerado um problema de saúde pública. Por isso, é preciso desenvolver um olhar mais observador tanto dos professores quanto dos demais profissionais ligados ao espaço escolar. Sendo assim, deve atentar-se para sinais de violência, procurando neutralizar os agressores, bem como assessorar as vítimas e transformar os espectadores em principais aliados. Além disso, tomar algumas iniciativas preventivas do tipo: aumentar a supervisão na hora do recreio e intervalo; evitar em sala de aula menosprezo, apelidos, ou rejeição de alunos por qualquer que seja o motivo. Também pode-se promover debates sobre as várias formas de violência, respeito mútuo e a afetividade tendo como foco as relações humanas. Mas tais assuntos precisam fazer parte da rotina da escola como ações atitudinais e não apenas conceituais. De nada valerá falar sobre a não-violência, se os próprios profissionais em educação usam de atos agressivos, verbais ou não, contra seus alunos. Ou seja, procurar evitar a velha política do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.Ações exemplares Há diversos exemplos claros de ação eficiente contra o bullying no espaço escolar. Uma delas é o programa “Educar para a paz”, criado e desenvolvido por Cleo Fante e equipe, que trabalha com estratégias de intervenção e prevenção contra a violência na escola. Além disso, também existem sites sobre o assunto como que visam a alertar e informar profissionais e pais no combate ao bullying. Destaca-se o trabalho da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Criança e ao Adolescente, com os sites: www.abrapia.org.br e www.bullying.com.br

Características de bullying

Segundo Cleo Fante, no livro “Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz”, os atos de bullying entre alunos apresentam determinadas características comuns:• Comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva num período prolongado de tempo contra uma mesma vítima;• Apresentam uma relação de desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima;• Não há motivos evidentes;• Acontece de forma direta, por meio de agressões físicas (bater, chutar, tomar pertences) e verbais (apelidar de maneira pejorativa e discriminatória, insultar, constranger);• De forma indireta, caracteriza-se pela disseminação de rumores desagradáveis e desqualificantes, visando à discriminação e exclusão da vítima de seu grupo social.

Os protagonistas do bullying

A vítima pode ser classificada, segundo pesquisadores, em três tipos: • Vítima típica: é pouco sociável, sofre repetidamente as conseqüências dos comportamentos agressivos de outros, possui aspecto físico frágil, coordenação motora deficiente, extrema sensibilidade, timidez, passividade, submissão, insegurança, baixa auto-estima, alguma dificuldade de aprendizado, ansiedade e aspectos depressivos. Sente dificuldade de impor-se ao grupo, tanto física quanto verbalmente. • Vítima provocadora: refere-se àquela que atrai e provoca reações agressivas contra as quais não consegue lidar. Tenta brigar ou responder quando é atacada ou insultada, mas não obtém bons resultados. Pode ser hiperativa, inquieta, dispersiva e ofensora. É, de modo geral, tola, imatura, de costumes irritantes e quase sempre é responsável por causar tensões no ambiente em que se encontra. • Vítima agressora: reproduz os maus-tratos sofridos. Como forma de compensação procura uma outra vítima mais frágil e comete contra esta todas as agressões sofridas na escola, ou em casa, transformando o bullying em um ciclo vicioso. O agressor pode ser de ambos os sexos. Tem caráter violento e perverso, com poder de liderança, obtido por meio da força e da agressividade. Age sozinho ou em grupo. Geralmente é oriundo de família desestruturada, em que há parcial ou total ausência de afetividade. Apresenta aversão às normas; não aceita ser contrariado, geralmente está envolvido em atos de pequenos delitos, como roubo e/ou vandalismo. Seu desempenho escolar é deficitário, mas isso não configura uma dificuldade de aprendizagem, já que muitos apresentam nas séries iniciais rendimento normal ou acima da média. Espectadores são alunos que adotam a “lei do silêncio”. Testemunham a tudo, mas não tomam partido, nem saem em defesa do agredido por medo de serem a próxima vítima. Também nesse grupo estão alguns alunos que não participam dos ataques, mas manifestam apoio ao agressor.

Como identificar os envolvidos?

De acordo com as indicações de Dan Olweus, psicólogo norueguês da Universidade de Bergen e importante pesquisador sobre o assunto, para que uma criança ou adolescente seja identificado como vítima ou agressor, pais e professores precisam ter atenção se o mesmo apresenta alguns comportamentos:VÍTIMANa escola• Durante o recreio está freqüentemente isolado e separado do grupo, ou procura ficar próximo do professor ou de algum adulto;• Na sala de aula tem dificuldade em falar diante dos demais, mostrando-se inseguro ou ansioso;• Nos jogos em equipe é o último a ser escolhido;• Apresenta-se comumente com aspecto contrariado, triste, deprimido ou aflito;• Desleixo gradual nas tarefas escolares;• Apresenta ocasionalmente contusões, feridas, cortes, arranhões ou a roupa rasgada, de forma não-natural;• Falta às aulas com certa freqüência;• Perde constantemente os seus pertences.Em casa• Apresenta, com freqüência, dores de cabeça, pouco apetite, dor de estômago, tonturas, sobretudo de manhã;• Muda o humor de maneira inesperada, apresentando explosões de irritação;• Regressa da escola com as roupas rasgada ou sujas e com o material escolar danificado;• Desleixo gradual nas tarefas escolares;• Apresenta aspecto contrariado, triste deprimido, aflito ou infeliz;• Apresenta contusões, feridas, cortes, arranhões ou estragos na roupa;• Apresenta desculpas para faltar às aulas;• Raramente possui amigos, ou se possui, são poucos os que compartilham seu tempo livre;• Pede dinheiro extra à família ou furta;• Apresenta gastos altos na cantina da escola.AGRESSORNa escola• Faz brincadeira ou gozações, além de rir de modo desdenhoso e hostil;• Coloca apelidos ou chama pelo nome e sobrenome dos colegas, de forma malsoante;• Insulta, menospreza, ridiculariza, difama;• Faz ameaças, dá ordens, domina e subjuga;• Incomoda, intimida, empurra, picha, bate, dá socos, pontapés, beliscões, puxa os cabelos, envolve-se em discussões e desentendimentos;• Pega materiais escolares, dinheiro, lanches e outros pertences dos outros colegas, sem consentimento.Em casa• Regressa da escola com as roupas amarrotadas e com ar de superioridade;• Apresenta atitude hostil, desafiante e agressiva com pais e irmãos, chegando a ponto de atemorizá-los sem levar em conta a idade ou a diferença de força física;• É habilidoso para sair-se bem em “situações difíceis”;• Exterioriza ou tenta exteriorizar sua autoridade sobre alguém;• Porta objetos ou dinheiro sem justificar sua origem.

Bibliografia indicada

CONSTANTINI, Alessandro. Bullying, como combatê-lo? : prevenir e enfrentar a violência entre jovens. SP: Itália Nova editora, 2004.CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. RJ: Sextante, 2003.FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed. rev. Campinas, SP: Verus editora, 2005.TIBA, Içami. Quem ama, educa! SP: Gente, 2002.
Artigo publicado na edição nº 364 do jornal Mundo Jovem - março de 2006, páginas 2 e 3.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Bullying no ambiente escolar

Segundo Fante, não existe uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações possíveis do bullying, mas, dentre as ações que podem estar presentes no fenômeno, podemos destacar:

O termo "violência escolar" diz respeito a todos os comportamentos agressivos e anti-sociais, incluindo os conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos, etc. Muitas dessas situações dependem de fatores externos, cujas intervenções podem estar além da competência e capacidade das entidades de ensino e de seus funcionários. Porém, a solução possível pode ser obtida no próprio ambiente escolar.
Não perca! Teremos muitas informaçoes importantes.

Pluralidade Cultural

Nós somos o grupo Pluralidade cultural e trabalharemos o tema:
Bullying no ambiente escolar.
Esse tipo de violência compreende um fenômeno que, em inglês, recebe o nome de bullying, que compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.
Fique atento! Nosso tema pode ajudar voce a compreender esse novo problema que hoje enfrentamos.
Integrantes: Raquel Picorone, Renilza Reis e Célio.